Newcastle é uma doença causada pelo vírus da família Paramyxoviridae que é altamente contagiosa que adoece as aves. No caso de criações comerciais de frangos de corte e poedeiras é uma enfermidade devastadora para criações e para o bolso do criador.
O vírus que causa a doença circula desde ha muito tempo entre aves selvagens, aves migratórias, pode contaminar aves domésticas. A doença foi identificada pela primeira vez em 1926, em Newcastle upon Tyne, na Inglaterra, por isso o nome “Newcastle”.
A contaminação e disseminação desta doença ocorre através do contato direto entre aves infectadas e aves saudáveis. A além de ser transmitida através de excrementos contaminados e objetos contaminados (como equipamentos agrícolas). A doença pode afetar várias espécies de aves, incluindo galinhas, perus, patos, gansos e aves silvestres.
A Newcastle é de rápida disseminação e alto impacto econômico na indústria avícola. Po isso esta doença é objeto de vigilância e requer controle rigoroso em muitos países.
Busca-se sua erradicação através de vacinas que além de prevenir a doença em aves comerciais e de criação, ajuda a reduzir sua prevalência e impacto econômico.
Surtos histórico de newcastle no Brasil e no mundo
Os surtos da doença de Newcastle é amplamente distribuído globalmente e têm sido registrados em várias partes do mundo, incluindo o Brasil.
No Brasil:
Em 2018 houve relatos de surtos da doença de Newcastle em diferentes estados brasileiros, afetando aves comerciais como galinhas e perus.
Em 2020 novos surtos foram registrados em algumas regiões do país, levando a medidas de controle sanitário e vacinação em áreas afetadas.
E por ultimo agora em 2024 no sul do páis, resultando na medida preventiva de suspenssão das exportaçãoes dos produtos de origem de aves, carne, ovos e demais derivados.
Esta decisão afetou o comercio do produto brasileiro em 44 países.
No Mundo:
No continente África a doença de Newcastle é endêmica em muitos países com surtos recorrentes que afetam aves de criação e aves selvagens.
Na Ásia, Índia, China e Indonésia, tem surtos frequentes da doença, devido à alta
densidade populacional de aves e à movimentação intensa de aves no comércio.
Europa e Américas, possui surtos esporádicos de doença de Newcastle geralmente associados à importação não regulamentada de aves ou ao contato com aves migratórias.
Sintomas de Newcastle em galinhas
A doença de Newcastle em galinhas pode apresentar uma variedade de sintomas, que podem variar dependendo da virulência da cepa do vírus e das condições individuais das aves.
Sintomas Respiratórios, caracterizado pela dificuldade de respirar (dispneia). A ave faz esforço respiratório.
Apresenta corrimento nasal e ocular.
Sintomas no trato gigestório da ave, presença de diarreia aquosa, que leva a desidratação. E falta de apetite.
Sintomas Neurológicos envolvem tremores, torcicolo (cabeça virada para um lado) e paralisia das pernas ou asas.
É possivel observar animais com letargia, reedução na produção de ovos e morte súbita em casos severos.
A severidade dos sintomas pode variar de leve a grave. Em casos mais leves, as aves têm apenas sinais brnados. Ou seja, infecção respiratória ou digestiva. Casos mais severos da doença, é de forma rápida e aguda levando à morte em um curto período de tempo.
Portanto, qualquer suspeita de infecção deve ser reportada imediatamente a um veterinário ou às autoridades sanitárias locais para implementação de medidas de controle adequadas, como isolamento das aves infectadas, vacinação do rebanho e desinfecção das instalações.
Estágios de desenvolvimento da doença:
A doença de Newcastle passa por diferentes estágios de desenvolvimento e evolução em aves infectadas.
Estágio de Incubação:
Dura de 2 a 15 dias após a exposição ao vírus.
Durante este estágio, as aves não apresentam sinais clínicos visíveis da doença, mas o vírus está se replicando nas células hospedeiras, especialmente no trato respiratório e digestivo.
Estágio Respiratório e Digestivo:
Após a incubação, as aves podem começar a mostrar sintomas respiratórios (corrimento nasal, espirros, dificuldade respiratória) e digestivos (diarreia aquosa, desidratação, perda de apetite).
Estágio Neurológico:
Em casos mais severos e dependendo da virulência da cepa do vírus, pode ocorrer o envolvimento do sistema nervoso central (tremores, torcicolo, paralisia das pernas ou asas).
Estágio Terminal:
Caso a doença progrida para um estágio grave, pode levar rapidamente à morte das aves.
Evolução da Doença:
A evolução da doença pode variar de forma leve e subclínica (sem sintomas aparentes) a uma forma aguda e fatal, especialmente em aves não vacinadas ou em populações com baixa imunidade.
Complicações:
Infecções secundárias bacterianas podem ocorrer devido à imunossupressão causada pela doença de Newcastle, o que agrava ainda mais o quadro clínico das aves.
Impacto e Controle da doença
Os surtos de doença de Newcastle são monitorados de perto pelas autoridades sanitárias de cada país. As medidas de controle incluem isolamento de aves infectadas, sacrifício de aves afetadas, desinfecção de instalações e vacinação em larga escala.
Impactos importantes na avicultura industrial:
Aumenta drasticamente a Mortalidade em Aves, esta doença causa altas taxas de mortalidade em aves, especialmente em aves não vacinadas ou imunocomprometidas.
Gera grandes Perdas Econômicas, os surtos de Newcastle podem resultar em perdas econômicas impactantes para produtores de aves, pois a morte de aves infectadas aumenta os custos de controle e medidas sanitárias.
Há interrupção na produção e no comércio de aves e produtos avícolas, um prejuízo dificil de ser recuperado em curto prazo.
As Restrições Comerciais para exportação de aves e produtos avícolas, devido às preocupações com a disseminação do vírus para outras regiões são devastadoras para o setor.
Controle da doença de Newcastle:
Vigilância Veterinária constante, medida necessária para detectar precocemente a presença do vírus da doença de Newcastle em aves, tanto selvagens quanto domésticas.
A vacinação é a principal medida de controle para prevenir a doença em aves comerciais, estão disponíveis e são amplamente utilizadas em muitos países para proteger as aves contra a infecção.
É necessário adotar práticas rigorosas de biosegurança são fundamentais para prevenir a introdução e a disseminação do vírus.
Controle de movimentação de aves, desinfecção de instalações, restrição de acesso a pessoas não autorizadas e medidas para evitar contato entre aves selvagens e aves de criação.
O controle envolve sacrifício e eliminação segura de aves infectadas para evitar a disseminação do vírus.
Controle da doença por meio de educação e conscientização. Consiste em nformar produtores, trabalhadores da indústria avícola e o público em geral sobre a doença, seus sintomas, métodos de transmissão e medidas de prevenção para diminuir o risco de surtos.
Cooperação Internacional:
Devido à natureza transfronteiriça da indústria avícola e do movimento de aves, a cooperação internacional é fundamental para o controle eficaz da doença de Newcastle.
Organizações internacionais de saúde animal, tem papel importante na coordenação de esforços entre países para prevenir a disseminação do vírus e manter a segurança sanitária global.
O controle da doença de Newcastle exige vigilância ativa, vacinação, medidas de biosegurança e cooperação internacional, visando proteger a saúde das aves e a sustentabilidade da indústria avícola.
A doença de Newcastle continua a representar um desafio significativo para a saúde avícola globalmente, e significativo impacto econômico e na saúde das populações de aves.
